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'Maníaco do Parque', filme brasileiro baseado em fatos reais, visa reparação histórica; veja detalhes:

  • Foto do escritor: Viral Notícias 1
    Viral Notícias 1
  • 18 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Produção é disponibilizada pelo Prime Video nesta sexta-feira

É difícil encontrar quem reconheça os crimes cometidos por Francisco de Assis Pereira pelo nome, mas ele é amplamente conhecido no Brasil como o Maníaco do Parque. Esse apelido, dado pela mídia em 1998, entrou no imaginário popular e ajudou a criar uma aura em torno do assassino — uma que o filme do Prime Vídeo, "Maníaco do Parque", procura desconstruir.


Para o diretor Maurício Eça e a pesquisadora Thaís Nunes, o filme, lançado nesta sexta-feira, 18, no streaming, tem a missão de humanizar Francisco, transformando a "lenda do serial killer" em um ser humano, um motoboy e um assassino. Em conversa com o Estadão, Maurício e Thaís deixam claro que, se dependesse deles, o true crime do Prime Video nem teria o título "Maníaco do Parque". Ao longo da entrevista, ambos se referem ao assassino simplesmente como Francisco.


Essa decisão foi tomada no início do projeto, durante as discussões sobre a adaptação da história para o cinema. Para eles, era essencial evitar as armadilhas do gênero, que muitas vezes glorifica os criminosos. Thaís, que conduziu a pesquisa para o filme e dirigirá a série documental sobre o caso, afirmou que Francisco já passou por essa glorificação na época dos crimes.


No final dos anos 90, Francisco teve longos momentos na televisão aberta para relatar sua versão dos crimes. Isso era curioso, pois ele havia sido diagnosticado com transtorno de personalidade antissocial com traços de psicopatia, cuja principal característica é ser um grande mentiroso. Naquela época, tanto a polícia quanto a mídia optaram por colocar Francisco no centro das atenções, apelidando-o de Don Juan.

Para abordar essa narrativa, o filme "Maníaco do Parque" cria uma história paralela ao true crime, onde a protagonista é uma jornalista interpretada por Giovanna Grigio. No longa, ela é Elena, que contesta os absurdos da mídia e ouve as vítimas, destacando-as. Funcionando como a bússola moral do filme, Elena foi o recurso encontrado para posicionar a história.


Eça explicou: "Nossa ideia era dar voz às vítimas, como uma reparação histórica. Elena não quer dar voz ao Francisco, mas sim às mulheres. E ao longo do filme, ela se transforma. Nossa escolha criativa foi contar a história a partir da perspectiva dessa mulher".


A criação de Elena é vital para que "Maníaco do Parque" reverta a narrativa de 1998. "Se fosse para repetir a mesma coisa, com Francisco no centro se vangloriando dos crimes, não faria sentido", explica Thaís. "Foi a partir disso que tomamos nossas decisões criativas. A principal foi garantir que Francisco não fosse o protagonista do filme", acrescenta.


Para Thaís, a intenção de "Maníaco do Parque" é mostrar quão absurdo foi o tratamento de Francisco na época: "Esse crime deve simbolizar como as mulheres vítimas de violência são tratadas pela polícia, pela mídia e pela sociedade em geral".


Com roteiro de L.G. Bayão (Aumenta que é Rock’n’roll) e Silvero Pereira como Francisco de Assis Pereira, "Maníaco do Parque" estreia em 18 de outubro no Prime Video. A plataforma também lançará uma série documental sobre o caso, ainda sem data prevista.

 
 
 

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